BRASÍLIA - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem o texto-base do projeto de lei Ficha Limpa , que visa remover das eleições os candidatos que já cometeram algum crime (como um desvio de verba pública ou um assassinato).
O placar foi de 388 votos a favor e um contra. O voto contrário foi do deputado Marcelo Melo (PMDB-GO).Resta ainda a votação dos destaques - mecanismo pelo qual os deputados podem retirar (destacar) parte da proposição a ser votada, ou uma emenda apresentada ao texto, para ir a voto depois da aprovação do texto principal -, o que pode mudar o texto final. A votação ocorre hoje.
A proposta evita as candidaturas de pessoas condenadas por decisão colegiada da Justiça por crimes de maior gravidade, como corrupção, abuso de poder econômico, homicídio e tráfico de drogas. O texto aprovado amplia os casos de inelegibilidade e unifica em oito anos o período durante o qual o candidato ficará sem poder se candidatar.
Há várias possibilidades de alterações no texto. Uma das propostas que pode passar é do deputado Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, que retira do texto a possibilidade de se proibir a candidatura de quem foi condenado em decisão colegiada. Assim, ficaria valendo a regra atual de que somente quem é condenado em última instância não pode se candidatar.
Existe a chance de o candidato apresentar recurso com efeito suspensivo da decisão da Justiça. O efeito suspensivo permitirá a candidatura, mas provocaria a aceleração do processo, porque o recurso deverá ser julgado com prioridade pelo colegiado que o receber. Se o recurso for negado, será cancelado o registro da candidatura ou o diploma do eleito.
"A Câmara sempre foi ao encontro do povo e espero que esta futura lei e tantas outras que produzimos tenham repercussão nacional", afirmou Temer.Para o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), José Eduardo Cardozo teve o mérito de não ceder a pressões. Costa agradeceu a oportunidade de ter sido o relator pelo grupo de trabalho que analisou o tema.(Com informações da Agência Câmara)
José Eduardo Cardozo, que relatou a matéria pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), explicou a decisão de prever o recurso com efeito suspensivo. O objetivo, segundo ele, é conciliar dois fatores: por um lado, o desejo da sociedade de evitar que pessoas sem ficha limpa disputem cargos eletivos; e, por outro lado, o direito ao contraditório e à ampla defesa.
“Sempre existiu a possibilidade de decisões serem revistas por órgãos superiores, para que uma única pessoa não tenha o direito plenipotenciário de decidir a vida de quem quer que seja”, lembrou.
De acordo com o presidente da Câmara, Michel Temer, a aprovação do projeto demonstra que "sem um Congresso forte e soberano não há democracia, principalmente quando se trata de um Congresso sensível como o atual."
O texto original foi proposto pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e recebeu mais de um milhão de assinaturas de apoio, coletadas por entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
PEDRA BRANCA

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- O Comitê Semeando foi criado para poder acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual ao outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto, porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior, porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança. Neste sentido um grupo de pessoas desta pequena cidade cravada nas montanhas de Minas Gerais resolveu criar o Comitê Semeando, ideias e ideais. Não nos interessa saber qual será o produto final, mas temos plena convicção que alguma coisa será aproveitada. Porque Comitê ? Pela praticidade e simplicidade de seu processo de funcionamento. Não exige um Presidente nem um Estatuto. É livre e aberto às boas ideias.
Projeto Ficha Limpa para os políticos ficha suja.
ResponderExcluirTá faltando honestidade com o povo.