Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como
Tim Maia (
Rio de Janeiro,
28 de setembro de
1942 —
Niterói,
15 de março de
1998), foi um
cantor e
compositor brasileiro. Alcançou o sucesso a partir da
década de 1970 e tornou-se um dos mais influentes cantores brasileiros. Morreu vítima de uma infecção generalizada, após a tentativa de um show em condições de saúde debilitada.
Primeiros anos
Nascido no Bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Pena 24, começou a compor melodias ainda criança e já surpreendia a numerosa família, era o penúltimo de 19 irmãos.
Destacou-se pelo pioneirismo em trazer para a MPB o estilo soul de cantar. Com a voz grave e carregada, tornou-se um dos grandes nomes da música brasileira, conquistando grande vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje, e que influenciaram o sobrinho, o cantor Ed Motta.
Tim Maia começou na música tocando bateria num grupo Tijucanos do Ritmo, formado na Igreja dos Capuchinhos próxima a sua casa, passando logo para o violão. Tim nessa época era conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self.
Vida pessoal
Teve graves problemas com vícios. Chegava a beber três garrafas de uísque por dia, além do uso de maconha e cocaína. Colecionou desafetos e processos trabalhistas — de músicos contra ele e dele contra gravadoras —, além de renegar publicamente antigas amizades, ameaçar críticos e faltar a espetáculos. Exemplo disso foi o atraso de três horas para um show no clube Noites Cariocas; isto porque Tim desejou receber o cachê em espécie para cantar, e, mesmo após ter seu desejo atendido, recusou-se a pegar o bondinho por medo de altura. Passou anos sem se apresentar na Rede Globo e acusava o executivo da emissora, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, de ser o culpado pelo boicote. Outro conhecido inimigo ele denominava ETA, "Exploradores do Talento Alheio", formado por empresários e donos de casas de espetáculos.
Viveu nos Estados Unidos entre 1959 e 1963, até ser preso por roubo de automóvel e posse de drogas, sendo em seguida deportado. Após voltar chegou a ser preso outra vez pelo furto de uma mesa e passou 11 meses encarcerado no Rio de Janeiro.
Tim Maia filiou-se ao PSB em 1997. No final de sua vida sofreu com problemas relacionados a obesidade, diabetes e problemas respiratórios. Durante a gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal na cidade de Niterói, no dia 3 de março de 1998, Tim tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não conseguiu e retirou-se sem dar explicações; terminou sendo levado para o hospital numa ambulância, vindo a falecer em 15 de Março em Niterói aos 55 anos e com 140 quilos, após internação hospitalar devido a uma infecção generalizada. No ano seguinte, seria homenageado por vários artistas da MPB num show tributo, que se transformou em disco, especial de TV e vídeo.
Deixou dois filhos, Márcio Leonardo, o Léo Maia, e Telmo (caçula, que foi registrado oficialmente pela mãe como Carmelo Maia, mas era Telmo como o pai o chamava). Léo Maia,[6] o mais velho, foi assumido por Tim Maia ainda na barriga da mãe, mesmo ele sabendo que não era dele, pois a conheceu grávida. Ela era separada do namorado, pai de seu filho que não assumiu a paternidade. Tim e Geisa passaram a namorar, mas se separaram depois de algumas brigas. Quando reataram, ela estava grávida de novo de um outro homem que também a tinha abandonado, e o grande mestre da MPB reatou o romance de anos e assumiu também a paternidade dessa criança e se casaram. Ambos são filhos de Geisa com dois outros homens. A paixão de Tim Maia pelos filhos era tão grande que no álbum de 1976 lançou a música "Márcio Leonardo e Telmo", onde, profeticamente, previu a carreira musical do filho Léo Maia (Márcio Leonardo). "O Márcio Leonardo veio na SEROMA pra tocar". SEROMA era o nome do selo de Tim Maia - abreviação de Sebastião Rodrigues Maia. Tinha orgulho em dizer que pai era quem criava e não quem colocava no mundo. Ele não teve filhos biológicos, pois se dedicava a criação dos filhos de Geisa e a sua carreira.
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