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Itamarati de Minas, Zona da Mata / Minas Gerais, Brazil
O Comitê Semeando foi criado para poder acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual ao outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto, porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior, porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança. Neste sentido um grupo de pessoas desta pequena cidade cravada nas montanhas de Minas Gerais resolveu criar o Comitê Semeando, ideias e ideais. Não nos interessa saber qual será o produto final, mas temos plena convicção que alguma coisa será aproveitada. Porque Comitê ? Pela praticidade e simplicidade de seu processo de funcionamento. Não exige um Presidente nem um Estatuto. É livre e aberto às boas ideias.

13 de mai. de 2013

História do Município de Itamarati de Minas-MG

    Visão parcial da cidade de Itamarati de Minas. 


História do Município de Itamarati de Minas - MG

por Maria Fernanda Beghini
07/05/2008
Itamarati de Minas da emancipação aos dias atuais Em 16 de Agosto os senhores Joaquim Gomes de Araújo Porto, Francisco de Paula Ladeira e Manoel Luís Pereira opinaram pela função do arraial em terrenos próximos ao Engenho Central Bonsucesso pelos seguintes motivos: quando foi solicitado o pedido ao Governo do Estado de Minas Gerais, o local indicado foi este; havia mais espaço para as edificações; as condições higiênicas eram melhores e havia proximidade do Córrego Bonsucesso e o Ribeirão dos Pires.
Não aceitaram o parecer dos senhores Francisco Soares Henriques Vieira E Joaquim Gonçalves Barroso Sobrinho que optaram pelos terrenos próximos às margens do Rio Novo, pelos seguintes motivos: quando o Rio Novo enchia, represava o Ribeirão dos Pires, alagando as várzeas até as proximidades da casa do Tenente João Antônio de Araújo Porto, transformando-as em verdadeiros brejos; porque não havia nascentes de água para o uso dos moradores. O Conselho Distrital aceitou o parecer do primeiro grupo, sendo aprovado pela Câmara Municipal de Cataguases, em outubro de 1892. A aprovação exaltou os ânimos do segundo grupo, onde os senhores José Vieira de Gusmão e Joaquim Gonçalves Barroso Júnior ofereceram gratuitamente ao Conselho, terrenos próximos à ponte do Rio Novo (Fazendo os Vieiras), de um e do outro lado do rio, para criar ali a sede do povoado. Outros cidadãos ofereceram grandes quantias em dinheiro ao conselho para que a sede do povoado fosse ali, condição esta que o Conselho não aceitou por considerar prejudicial ao desenvolvimento e interesse da maioria. Em Janeiro de 1893 os concessionários comunicaram ao Agente Executivo Municipal que já haviam iniciado os trabalhos e se achavam habilitados a levar o capital necessário para a construção da estrada de ferro e fundação de um núcleo agrícola. As tentativas frustraram-se e os usados empreendedores, que tiveram grandes prejuízos, chegaram a utilizar uma lancha a vapor que só sobrou nas primeiras viagens. Escolhido o local, a Câmara aprovou através da Lei n° 8 de 17 de Janeiro de 1893,a pedido de desapropriação, por utilidade pública, os terrenos necessários as edificações. O Distrito, então, desenvolveu-se ao redor da Fazenda Bonsucesso, cuja sede era uma máquina de beneficiar café, em propriedade pertencente ao senhor Elcio Ferreira de Amorim. A chaminé que lá se encontra pode ser considerada um marco, a pedra fundamental que representa o nascimento do Município. De lá pra cá muita coisa mudou. A Fazenda Bonsucesso que tinha uma essência tipicamente agrícola, começou a se desagregar com a divisão e venda das terras e com as construções que por ali foram erguidas. A desapropriação foi amigável, evitando assim ações judiciais, lembrava o senhor José Paulino de Araújo Porto. Os proprietários das terras eram Adriano Vieira da Silva, Henrique & Geminiano, Tenente João Antônio de Araújo Porto, João Dornellas Coimbra, Luiz Alves do Bem. As escrituras foram passadas pelo Escrivão de Paz, Manoel Innocêncio de ler o local do cemitério, necessidade urgente, visto que os mortos eram transferidos para Descoberto, Porto de Santo Antônio e Piedade. Faziam parte dessa comissão os senhores Francisco Martins de Mello, João Henriques da Costa Ramos, João Theodorico de Araújo Porto, Francisco de Paula Gil e João Rodrigues Gomes. As necessidades eram muitas, visto que o arraial estava em fase de implantação. Procuravam atender as mais urgentes. Necessitava de delimitar as ruas. Na rua principal, chamada Rua do Comércio, construiu-se uma ponte de madeira sobre o Ribeirão dos Pires pelo engenheiro Joaquim Henriques da Matta. O primeiro escriturário do Conselho foi o senhor Manoel Innocêncio de Andrade, nomeado em 8 de Agosto de 1893, substituído em 8 de Outubro de 1897 por Astolpho da Silva Tavares, que serviu até Janeiro de 1902, quando foram reunidos em um só, e cometidos a um só funcionário, João Andrade, os cargos de escriturário, fiscal e fiel do depósito público. Em Agosto de 1894 optaram pela construção de um prédio público, uma edificação de dois andares no Largo (atual Praça Astolfo da Silva Tavares), esquina da Rua do Comércio. Em 5 de Janeiro de 1895 empossou-se o seguinte conselho: Presidente- Francisco Soares Henriques Vieira; Conselheiros- João Theodorico de Araújo Porto, José Valentim Vieira, Antônio Dias Barbosa e Laurindo Rodrigues Martins. Itamarati de Minas da emancipação aos dias atuais O Distrito foi progredindo, tornando-se inviável permanecer vinculado ao Município de Cataguases, pois Itamarati independente teria mais condições de progresso, buscando melhores perspectivas. Essas idéias, no início, não eram aceitas pela classe dominante. Somente em meados de 1962 os movimentos em prol da emancipação foram iniciados, tendo apoio de diversos fazendeiros. Em 30 de dezembro de 1962 ocorreu a emancipação do Distrito de Itamarati (de acordo com a Lei nº 2.764), que fez parte do Município de Cataguases de 1891 até 1962. Quando o Município foi emancipado deu-se a nomeação do intendente para que fosse feita a organização burocrática na cidade, esclarecendo e capacitando a população a participar da 1ª Eleição Direta para Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores. A instalação do Município aconteceu no dia 1º de março de 1963, tendo como Intendente o Dr. Cirênio Rodrigues Gomes, Secretário Galba Rodrigues Ferraz e Tesoureiro Alonso Rodrigues Gomes. O Dr. Cirênio Rodrigues Gomes nasceu em Itamarati e, adolescente, mudou-se para Cataguases. Posteriormente trabalhou no IBGE. Retornando a Itamarati foi indicado para ser intendente por ser dinâmico, honesto e trabalhador. Galba Rodrigues Ferraz nasceu em Itamaraty no dia 4 de julho de 1926. Contribuiu deveras com o movimento para a emancipação do Distrito. Utilizou-se do secretariado para implantar a Escola da Comunidade Almirante Saldanha da Gama, primeiro ginasial (5ª a 8ª série) existente no Município no ano de 1963. Durante o período da intendência ocorreram também aberturas de ruas, ampliação do cemitério, início das obras para o campo do Tupi F.C, início das obras da Igreja de São Cristóvão, o que permitiu um desenvolvimento grandioso, já que o Município se encontrava há pouco independente de Cataguases. As ruas eram abertas utilizando as terras pertencentes ao governo em mãos de alguns moradores e fazendeiros. Isso às vezes acarretavam conflitos, pois os posseiros não tinham interesse nenhum em entregar as terras, considerando seus verdadeiros donos. O marco do desenvolvimento cultural e social de Itamarati foi o Ginásio Almirante Saldanha da Gama. Esse ginásio funcionou no prédio do Grupo Escolar Pedro Furtado durante uns três anos, vindo instalar-se na sede própria após esse período. A comissão para criação desta escola era composta do Galba Rodrigues Ferraz - Presidente, José Mota de Carvalho - Vice-Presidente, Lídio Miranda - Tesoureiro, Sebastião Luiz Pereira - Secretário, Dralvo Henriques de Araújo - 1º Diretor. A instalação deste ginásio em sede própria só foi possível graças ao empenho de Galba, que contou com a colaboração do fazendeiro Oscar Rodrigues Souza, com doação de materiais e permitiu a tomada das terras do governo que estavam sobre sua guarda, através de posse pacífica. Outro colaborador foi o senhor Ormeo Junqueira Botelho que, durante este período (construção da usina hidrelétrica), autorizava seus funcionários para que, quando retornassem para Cataguases, deixassem para as obras da escola sobras de materiais, como tijolos, cimento e madeiras. No princípio a escola foi denominada Ginásio Comercial, e posteriormente passou a ser nomeada Ginásio Almirante Saldanha da Gama, pois este fazia várias doações de materiais escolares facilitando assim o desenvolvimento das suas atividades. A duração da intendência foi de seis meses, ocorrendo a primeira eleição no mesmo ano. Para concorrer às eleições foi estabelecida uma chapa única, composta pelos seguintes membros: Jupiracy Martins de Freitas - Prefeito, Álvaro da Silva Tavares - Vice-Prefeito. Composição da Câmara Municipal (23/08/1963 a 30/01/1967): Anésio Ladeira, Bertolano de Assis Marinho, Clodomiro Herbert Duarte, Francisco Luiz da Silva, João Baptista Rodrigues Gomes, José Zanela, Jovercino Calixto Pires, Mário de Souza Pinto e Vitorino Gonçalves da Silva. Prefeito eleito Jupiracy Martins de Freitas dedicou-se inteiramente ao Município, acompanhando de perto os trabalhos que tinham sido iniciados. Assim que terminou a aberturas das ruas, ordenou a uma equipe de funcionários para que fizesse o serviço de cadastramento de toda a cidade, o que lhe foi entregue em poucos dias. Ao findar o seu mandato, Jupiracy estava satisfeito por ter sido útil à sua comunidade.
Os fazendeiros tiveram a oportunidade através do ginásio em oferecer uma educação mais ampla para seus filhos. Em 1967 formou-se a primeira turma do ginasial. Foi feita uma festa para a entrega dos diplomas, causando grande mobilização comunitária. Com a chegada do progresso a atividade agrícola passou a constituir a base da economia de Itamarati de Minas. Destaca-se também a agropecuária. Esta atividade tem sido dinamizada a partir da retomada do café e da modernização da pecuária leiteira. Entretanto, a dinamização do setor tem sido dificultada pela falta de mão-de-obra. No ano de 1970 o Município inaugurou sua primeira área de lazer, a Praça Astolfo Tavares. Neste mesmo ano ocorreu o calçamento da Avenida Coronel Araújo Porto, que ganhou luminárias a mercúrio, construção do primeiro Centro de Saúde e da Escola Municipal Vindilino Vaz, na Serra dos Caramonos. Em 1972 houve aberturas nas estradas vicinais possibilitando melhores condições de meios de transportes para as lavouras, a fim de que atendessem favoravelmente às necessidades do Município. Dentre elas, a construção da ponte que liga Itamarati de Minas a Serra dos Caramonos. Desde 1973 era solicitada ao governo estadual a resolução do problema da estrada que liga Itamarati de Minas a Cataguases (asfalto). Para alegria e diversão da garotada e sossego das mães, foi instalado um parque recreativo no Município, tendo como zelador o senhor José Lemes, também responsável pela manutenção da Praça Astolfo Tavares. No aspecto cultural foi instalada a Biblioteca Municipal, que muito colaborou para as pesquisas escolares, leituras literárias e informações diversas. Em 1977 foi dada a primeira reunião aberta de Alcoólicos Anônimos em Itamarati de Minas, dando ênfase aos esclarecimentos do que é e como funciona a irmandade para implantação desta entidade neste Município.

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